A corneta Klipsch

 

A caixa ou corneta Kiplisch foi idealizada pelo Paul W. Klipsch no final dos anos 1930. Sua intenção era obter a qualidade de áudio apresentada nos salões de cinema nas residências dos apreciadores da boa música. Uma das causas da alta qualidade de som nos salões de cinema eram as cornetas de quase 3m que então se utilizavam. Considerando serem estas inviáveis para uso doméstico o Dr. Paul idealizou um sistema de corneta dobrada em que as paredes do ângulo de um cômodo se tornassem elementos da mesma. Nascia assim a corneta Klipschorn. O sucesso foi imediato, devido às dificuldades da II Guerra, Paul Klipsch iniciou somente em 1945 sua fabricação em um galpão improvisado com teto de zinco, perto de sua residência em Hope no Estado de Arkansas.

 

Particularmente como um interessado e estudioso no assunto procurei todos os livros e publicações existentes na década de 60 e 70 que pudessem trazer algo sobre a Klipsch, mas só havia dados sumários sobre o assunto. Resolvi após uma minuciosa pesquisa trazer a publico as medidas importantes para a correta construção do amador ou profissional avançado.

Não é uma tarefa fácil e o assunto exige um pessoal experimentado na construção de móveis de qualidade. Todavia as dimensões aqui feitas e os desenhos incorporados bem definem as necessidades e detalhes construtivos necessários para a boa execução do produto final.

 

 

 

Fig KO 1. Desenhos originais das patentes de 1940 de Paul W. Klipsch.

À esquerda (a) perspectiva em corte, ao centro (b) vista superior em corte, à direita (c) vista lateral em corte.

 

 

 

 

Aqui vemos o projeto original de 1940 e a corneta superior adicionada em 1945 para resposta em todo o espectro audível.

A seguir, detalhes do projeto original publicados pelo próprio Paul Klipsch.

 

 

 

 

Detalhes da unidade central

 

Seqüência de fases da construção

 

 


 

Catalogo de 1948

 

Fig KO 2. Imagem da caixa em ângulo de sala.

 

Fig KO 3. Perspectiva geral da caixa construída.

 

Fig KO 4. Detalhamento dos painéis internos.

 

 

Na tentativa de sempre obter os melhores graves, A Eletro Voice lançou em 1952 a caixa Patrician que evoluiu em Patrician 600 700 e 800. Todas com layout semelhante e mesmas dimensões. Variavam em estilo externo. O subwoofer das primeiras era de 18 polegadas mas logo nos modelos Patrician 700 e 800 foram adotados subwoofers de 30 polegadas. Este é um caso a parte e será objeto de outro comentário. Incluímos aqui a referencia às caixas Patrician apenas porque nos modelos IV esta vem a adotar o sistema Kiplisch que a seguir descreveremos.

 

Fig P1 , Fig P2 e Fig P3. Respectivamente da direita para a esquerda: Estas são as visões da Patrician 800 que ainda não é baseada na corneta dobrada de Klipsch. Na vista traseira vemos o falante de 30 polegadas, em caixa hermética. Não menos de 740mm de diâmetro em 420.000 cm3 ! Encaixado em seu interior.

  


Fig P 4.  Aqui vemos o posicionamento do divisor de freqüências.     

Num próximo segmento analisaremos este monstro.


Fig P5 – Esta é a Patrician IV com mesmas dimensões das Patrician 700 e 800 porém sem o subwoofer de 30” e com um novo conjunto de altofalantes. Esta já utiliza o sistema Klipsch de corneta dobrada. Note na foto à direita os controles dos alto falantes na parte superior.

 

Fig P 6  As caixas Patrician como outros produtos da EV são baseados no projeto original de Klipsch. Porém como veremos a seguir são “vestidas” com uma nova caixa externa, tornam-se muito maiores.

 

 

FigK1  Esta é uma Klipsch original de projeto de 1940. O resultado é excepcional e foi desenvolvida para que o cidadão comum pudesse desfrutar da alta qualidade do som de cinema em sua própria residência. As caixas são de altíssima eficiência e até os dias de hoje não se conseguiu conceber ou construir nada melhor, ou pelo menos mais eficiente.

 

 

Fig K2 Nesta foto temos uma visão promocional da Klipschorn aparentando uma caixa gigantesca que na verdade se dissipa, causando até certa decepção ao vê-la ao vivo. (vide fig P6)

 

 

Fig K3  Aqui o divisor de freqüências da Klipsch utilizando reatores com núcleo de ferro e grandes capacitores a óleo.

 

 

 

 



 

Fig P 14  e Fig P 15 folhetos de características: Patrician,  Centurion e Georgian.

 

Detalhes de construção e especificações da Patrician IV

 

 

 

 

 

Fig P 16, Fig P 17 e Fig P 18  Patrician Folheto da EV com especificações e detalhes. 

 

Segue