Anexo 6 

Parte II

Prismas (continuação)

 

Prisma de Dove (Para Rotação da Imagem)

 

 

Estes tipos de prisma possuem a interessante propriedade de girar a imagem através de seu eixo longitudinal a uma velocidade duas vezes maior que a rotação do prisma. São usados em vários tipos de visores.

 

 

 

O visor torpedo da Leitz e o Pan-Cinor Reflex são exemplos de utilização do prisma de Dove.

 

 

Todavia a mais espetacular e inteligente aplicação do prisma de Dove seria encontrada na câmara OP-22 inventada por Maurice Bonnet que tem a propriedade de obter fotografias estereoscópicas pelo processo direto. Maravilhosas fotografias de Paris em Estereoscopia direta foram obtidas pelo autor e sua câmara. O sistema será descrito na unidade de Estereoscopia de nosso site.

 

Maurice Bonnet e sua OP 22

 

A câmara funciona com uma objetiva horizontalmente larga para dar a base estereoscópica de paralaxe, conforme proposta de Estanave. Em seguida um sistema de doze prismas de Dove colocados à frente da objetiva modificam o trajeto dos raios luminosos “corrigindo o posicionamento dos raios para quando observarmos a imagem pelo lado dos cilindros. (reverso ao normal)

 

A câmara OP22 utiliza chapa especial de vidro canelurado. No diagrama acima vemos o esquema de formação da imagem (à direita) com uma objetiva  (ao centro) normal sobre a chapa sensível(à esquerda). O observador verifica o objeto e a imagem que após rotação de 180° fica com os lados e a sensação estereoscópica invertidos.

 

 

No diagrama acima vemos o esquema de formação da imagem com uma objetiva normal situada atrás de um conjunto de prismas de Dove. Verifique que sobre a chapa sensível haverá a manutenção das laterais; apenas a cabeça será invertida. O observador verifica o objeto e a imagem que após rotação de 180° terá a sensação estereoscópica correta.

Nos diagramas expostos, o objeto esta sempre à direita e a imagem sempre à esquerda.

 

Uma interessante variante do projeto acima é usada no olho mágico para portas em que v. poderá observar a imagem à distância. Trata-se de um sistema óptico que produz uma imagem num plano com razoável luminosidade. A reversão em sentido vertical se realiza da mesma forma que a câmara OP22. As laterais permanecem revertidas.

 

 

Abaixo esquema de montagem e uso.

 

 

Aparência do visor  

 

 

 

 

 

 

Nesta interessante filmadora KINOR são dispostos em seu topo um prisma de ângulo reto e um prisma de Dove. O arranjo foi realizado de tal forma que utilizando a propriedade rotatória do prisma de Dove, o visor pode a qualquer ângulo proporcionar uma imagem sempre na posição correta de visualização.

 

 

 

 

 

 

 

 

Prisma de Dove com uma face em teto. Proporciona rotação total de 180°.

Neste interessantíssimo e engenhoso telêmetro usado nas câmaras WERRA e Leningrad , vemos:

Em 3 temos um pentaprisma, em 5 temos um prismahibrido que opera como um prisma de Amici pela ocular 6  do visor e como um prisma de Dove com teto pela parte  da objetiva 8 Um prisma triangular 7 é resposnsavel pela inversão da imagem e a este conjunto 8-7-5-6 damos o nome de  visor de Keppler. A objetiva 4 cria uma imagem aérea na face curva de 5.

 

 

 

 

Os binóculos com prisma de teto usam em geral os prismas tipo Dove,

 

 

Nestes tipos de binóculos podem, também serem usados os Prismas Schmidt-Pecham de 1ª espécie. (veja adiante)

 

 

 

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Este é também um dos mais notáveis exemplos da extraordinária múltipla aplicação de prismas em um determinado instrumento. O telêmetro  da Leica M4. Nele aplicamos o prisma separador e mais uma variação do  de Dove com teto numa das faces.

Leica M 4

 

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Continua..... 

 

  

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