Makroplett

Extensão do Makroplett:

 

Utilização com Jupiter9

 

Descrição:

A objetiva júpiter 9 é uma óptica classificada como “meia tele de grande abertura”. Foi especialmente desenvolvida para retratos de rosto e corpo inteiro em câmaras de 35mm. Zorki, Kiev e Zenit.  É descendente direta da  Sonnar   originalmente concebida para a Contax. Sua distancia focal é de 85mm e sua abertura numérica f2. Sua proposta comercial data de 1932 e foi a primeira meia tele para 35mm no comércio, antes mesmo da difundida e econômica “Elmar 90” para Leicas.

Seu projeto, de imensa percepção tecnológica e fruto de inúmeras  experimentações, partiu da necessidade de se obter na câmara de pequeno formato, uma objetiva relativamente compacta e de grande abertura que reproduzisse com a maior fidelidade uma imagem com a  perspectiva em todo proporcional e semelhante às imagens binoculares normalmente captadas pela visão humana, sendo assim portanto uma óptica que em nada distorcesse a correta perspectiva visual. Esta óptica de base triplet, com sete elementos, foi por sua vez inspirada na famosa Ernostar 1.8 de 1926 de August Bertele.

Ao considerarem-se as médias harmônicas que regem todas as Leis Naturais, 85mm foi escolhida como a distancia focal ideal por ser um valor bem próximo do dobro da raiz quadrada da soma dos quadrados das dimensões laterais dos quadros de 35mm.

Portanto:                        ________

                   85 ~= 2 x V 24² +  36²

 

 

Conforme dissemos vem a ser a Júpiter 9 uma óptica triplet desenvolvida. Consta ela de sete elementos em três grupos. O elemento frontal é um elemento simples. No grupo negativo constam três elementos e no bloco traseiro também três elementos.

Com a intenção de tornar a objetiva tão compacta quanto possível, isto é, curta, sem comprometer a cobertura do quadro, os maiores pesos dióptricos foram colocados nos grupos central e traseiro. Eliminaram-se os espaços internos colando-se os elementos, o que também diminui o perigo de reflexões internas e perda de contraste. Tal construção exige porem  um amplo elemento frontal coletor de luz que apesar de cumprir com as necessidades desejadas para o bom desempenho da óptica,  torna o sistema propenso e suscetível ao flare (reflexões externas) apesar das técnicas de multicoberturas (multicoating).

As principais vantagens oferecidas por esta óptica são sua focal aumentada que favorece as tomadas de cena a uma distancia superior a normalmente usada e a possibilidade de  reversão da óptica quando usada em aumentos maiores que a unidade.

Nossa primeira proposta é obter o Maximo rendimento pictográfico de uma óptica de tão bom projeto quando utilizada normalmente. Para isto, desenvolvemos um para sol cientificamente desenhado e estudado para eliminação de exatamente todos os raios luminosos presentes  não formadores de imagem Este para sol “NB” ( Nauk Blende ) ou parasol cientifico tem seu desenho especial e só serve para esta objetiva Júpiter 9 em suas varias versões. Nota-se no visor da câmara reflex , ao usa-lo o imediato aumento de contraste e saturação de cor que também proporciona menos reflexão interna e elimina todas as imagens fantasmas que porventura possam ocorrer por algum raio luminoso extraordinário.

A formula desta óptica foi também aproveitada pela Micro Nikkor de 85mm com recomendações para macro fotografia com a óptica reversa.

 

Ainda duas utilizações mais para esta:

1)   Lupa 3X de campo amplo quando utilizada em conjunto com Prasium2

2)   Objetiva macro com uso reverso junto a fole ou tubos de extensão  

 

 

 

Figuras 12

 

Figuras 12/a Jupiter 9 – Montada no sino Prasium formando uma lupa 3X de campo amplo e alta correção.

 

Figuras 12/b Júpiter 9- Montada ao reverso proporciona utilização desde a macrofotografia ao infinito em forma contínua

 

Figuras 12/c Jupiter 9 - Uso com o parasol Científico –Posição normal e reversa- O parasol Científico elimina todos os raios incidentes não abrangidos pelo ângulo da objetiva proporcionando maior contraste e menor reflexão.

 

 

 

 

Comentário sobre a "Industar 61L"com vidros de Lantânio.

Na introdução  desta série de artigos apresentamos as bases da Helios 44, e logo acima, da Jupiter 9. Agora apresentamos a “Industar 61L” perfazendo a base de uso das principais  objetivas em aqui em jogo.

As objetivas tipo"Industar" são seqüências naturais das famosas "Tessar", cujo projeto e desenhos que datam de 1902 foram elaborados pelo Dr.P.Rudolph, então empregado da Carl Zeiss. Este projeto foi imitado por vários fabricantes em vários paises e levou muitos nomes, entre eles, os conhecidos  Ektar, Elmar and Xenar.

Em 1929 a  União Soviética iniciava seu primeiro plano qüinqüenal para a sua industrialização. O nome "Industar" adveio da euforia da época . ...”ar” é o sufixo das objetivas em geral ; e em particular a "Industar 61".

Os cálculos ópticos foram realizados pelos cientistas russos G.G.Sliusarev e W.Sokolov.

A primeira “Industar” produzida em série foi a “Industar 10” produzida para a “FED”, e posteriormente para a ‘Sporta primeira SLR de 35mm produzida. Hoje esta é também uma alternativa normal para  as objetivas "Helios" nas câmaras Zenit . É também a óptica normal da câmara FED.

Veja que as excelentes qualidades da "Industar 61L" são inerentes ao elemento positivo produzido de vidro crown com adição de lantânio, conhecido STK-6.

Os projetos de objetivas, para serem úteis e válidos, exigem que se satisfaça a condição de Petzval, isto corrige a curvatura de campo e minimiza a aberração cromática. A minimização do erro cromático é realizada pela cuidadosa conjunção de dois tipos diferentes de vidros. Normalmente, usa-se um elemento positivo de vidro crown  com  um elemento negativo de vidro flint. Os vidros crown possuem um pequeno índice de refração e um grande índice de dispersão, [dispersão=diferença entre os índices de refração para as diferentes cores do espectro], Nos vidros flint o fenômeno refração/dispersão ocorre em forma inversa.

A correção simultânea da aberração cromática e da curvatura de campo, força o projeto, podendo levar ao aumento das aberrações de terceira ordem. A combinação dos chamados vidros anômalos com os vidros crown densos, previnem a escalada nas aberrações de ordem mais alta.

Por exemplo: O flint leve com lantânio com o crown denso melhora sensivelmente o resultado tradicional  do usual crown de índices refrativos comuns combinado com o flint de altos índices. 

O poder de refração de uma lente produzida com STK é aproximadamente o dobro de uma lente normal em vidro.

Surgiram muitas patentes de receitas em ópticas de lantânio a partir de uns 30 anos, todavia os primeiros que vieram a usar vidros de lantânio para fabrico de objetivas foram a Eastman-Kodak  já em 1941.

O Uso dos vidros STK  proporciona além das facilidades nas correções das aberrações que citamos acima, uma certa liberdade nas correções do astigmatismo, da esfericidade, da aberração esfero-cromática , mas isto só ocorre em objetivas de poucos  elementos. Quando sobem as quantidades de elementos, o próprio cálculo limita o uso  destes vidros especiais. A Kodak há uns 50 anos atrás, andou fornecendo as famosas "Aero-Ektar" montadas em câmaras  aéreas nas famosas “SuperFortalezas” B-47.

Estudando a aplicação do STK o Professor D.S.Volosov constatou que o uso do vidro de lantânio substituindo o elemento positivo de uma metade de uma objetiva simétrica (Helios) não causava qualquer melhoria. Mais tarde,  o mesmo professor Volosov resolveu produzir uma versão da Aero-Ektar (base Tessar). A lente experimental, demonstrou sua caracteristica superior. Estava inventada a “Industar-61L”  .

Conlusão: A "Industar-61L" de quatro elementos, produz resultados idênticos  a "Helios-81*" de seis elementos quanto a resolução. Porque colocar 6 elementos se 4 resolvem? Bem, são  duas coisas distintas os contrastes, as gradações e finura dos resultados diferem entre si, e  é claro o visual dos resultados. Gosto e preferência também não são questões a discutir...

 *Helios 81 = Zenitar2M2  52mm de focal

 Helios 44   58mm de focal

 

 

*Conjunto Metamikron

 

O conjunto Metamikron, inclui:

 

Um complemento aos conjuntos Policomar e Makroplett, colocando sua câmara Zenit no máximo da possibilidade em captar imagens:

Dois tubos de extensão sendo um deles transformável em tele-conversor.

Um sistema  acoplador para microscópios e telescópios  Science

Três anéis para objetivas de microscópio  A micro DIN A20, micro DIN33, A micro DIN45

Dois anéis   de montagem D e C  A ASA C, A ASA D

 

Dois Tubos de Extensão.

Diferentemente dos jogos de  tubos de extensão comuns no mercado, estes não necessitam de conjugação entre os mesmos para que tenhamos as relações desejadas. Estes são especialmente projetados para propiciarem à objetiva Helios 44 as seguintes relações de ampliação:

Nota: Todos os tubos de extensão, possuem uma rosca macho de M39x1 e fêmea de M42x1. Com cada um deles acompanham um anel transiente macho M42x1, fêmea M39x1. Desta forma, ficam  habilitadas todas as câmaras Zenit desde o nº 1 até a mais moderna, assim como quase todas as demais câmaras SLR com adaptadores. Jolos.        

 

                                          RT1               1/2

                                          RT2               1/3

                                          RT1+RT2      1/4

                                          RT2*             1,44/1

*    ao usarem-se duas Helios 44 contrapostas. (Veja quadro 8).

Note-se que RT1 possui um inserto removível que permite seu uso como tele conversor de 1,4X

RT2 vem a ser o mesmo tubo usado no conjunto Policomar, proporcionando portanto, as mesmas vantagens.

Nestas condições, todos os erros primários e secundários das objetivas são anulados, obtendo-se assim uma óptica repro-apocromática.

 

Figura 13

Esquema demonstrativo do Macro-Tele-conversor Metamikron

 

Quadro 6

Todas as  câmaras Zenit podem receber os tubos extensores ou conversíveis do sistema Policomar ou Metamikron desde os modelos mais primitivos até os mais atuais.

 

O anel Science vem a ser um anel destinado ao acoplamento da câmara Zenit (M42x1) a microscópios e telescópios de oculares padrões com bitola lisa DIN de 23,2mm de diâmetro.

 

 

Figura 14

Scienceconnector

 

 

O anel A micro DIN vem a ser um anel destinado ao acoplamento da câmara Zenit (M42x1) diretamente a objetivas de microscópio com roscas  de M20,1/ M33/M45x0,68

 

Figura 15

for microscope objectives standard 21.5; 33 and 45 mm threads

 

 

 

O aneis A ASA D e  A ASA  C  são anéis destinados ao acoplamento da câmara Zenit (M42x1) diretamente a objetivas de cinema com rosca padrão D de ½”x 48TPI  e de cinema e vídeo com rosca padrão C de 1”x 32TPI

 

 

 

Figura 16A

for cine “D” mount

 

 

 

 

Figura 16B

for cine “C” mount 

É portanto a extensão natural dos projetos anteriores tornando-se de excepcional valia ao cientista e ao experimentador proporcionando recursos jamais encontrados  em qualquer sistema de acessórios ate os dias de hoje. 

Eis mais algumas razões porque a Zenit é a câmara da escolha inteligente !

  

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