Olson B 

2ª parte

AUDIO ENGENEERING OCTOBER 1949

COURTESY: Ayumi.Cava.Japan

 

No artigo publicado pela Audio Engeneering Olson e Morgan demonstram as caixas e alto-falantes usados na demonstração de Tanglewood.

 

Os alto-falantes utilizados possuem cone dividido com ressonâncias diversificadas e com bobinas em separado para a reprodução de freqüências em faixas específicas.

 

Dimensões das caixas acústicas.

 

 

 

 

Conversão polegadas para milímetros.

 

 Conversões:

 

Polegadas

milímetros

¾=

= 20

5/8=

= 22

1 ½ =

= 40

2 =

= 50

3 =

= 75

4 =

= 100

5 ½ =

= 140

10 =

= 250

10 ½ =

= 265

15 3/8 =

= 340

16 =

= 405

17 3/8 =

= 440

18 =

= 455

28 =

= 71

40 =

= 1015

 

Comentário:

Esta foi uma das primeiras caixas “sérias” que considerei para o meu sistema de som monofônico que decidi construir em 1980. Posteriormente este sistema se transformou num estéreo com a outra caixa sendo uma Patrician. Fato é que esta caixa era inicialmente operada por um amplificador com 6550. Estas válvulas eram conseguidas por um amigo de colégio que era engenheiro de vídeo na extinta TV Tupi. Estas válvulas eram usadas no oscilador básico de sincronismo geral para todo o sinal da estação. E eram renovadas a cada 1200 horas, mas as válvulas ainda davam OK no teste! Porém na estação não poderiam ocorrer falhas e passarem sem sinal, portanto válvulas ainda boas eram trocadas.   Na época monofônica do meu sistema usei este amplificador com esta caixa da RCA. Ela foi construída na oficina em que eu trabalhava na Rua Ana Néri e ficou de muito boa qualidade e acabamento. Lembro-me que utilizei inicialmente um alto falante da Selenium de 12 polegadas no lugar dos 15 originais da RCA. Na época a Selenium tinha o melhor falante nacional e não fabricava ainda os de 15 polegadas. O resultado foi esplendido! Mas minha mania de querer experimentar e ver se há melhoras, me levou a fazer duas modificações. A primeira foi levantar o pórtico para o centro disponivel da caixa. Em seguida fiz duas outras modificações. Uma foi fechar toda a frente (abaixo do tecido ortofônico) com uma placa de Eucatex perfurado. Esta providência criava um freio atmosférico aplainando a ressonância e tornando a resposta dos graves mais natural. Esta idéia foi demonstrada em http://www.novacon.com.br/audiogoodbrig%202.htm  “Construction Data for Loudspeaker Enclosures” com a caixa da GE que introduz esta idéia. Aí veio a terceira modificação: tornar o bass reflex num radiador ativo aplicando no pórtico retangular mais um alto falante. Na época usei um Novik de 15 polegadas de cone azul ligado em paralelo com o Selenium. Sabem por quê? Simplesmente porque ele cobria todo o pórtico de 16 polegadas! O grave tornou-se forte e firme e ao mesmo tempo claro. Mas perdia bem os agudos apesar de não embolar. A outra solução foi modificar o amplificador Passei a usar agora um amplificador de 6L6 somente para os baixos e um outro amplificador de EL84 para os médios e agudos em uma caixa separada. (era uma AR com tweeter). O amplificador de 6550 passou a excitar a Patrician e passamos a ter um Estéreo de primeiríssima categoria. A caixa nas primeiras demonstrações passou a impressionar favoravelmente, mas sempre com uma perda nas repostas altas. Tornou-se claro a clara necessidade de usar-se o alto-falante  original da RCA- absolutamente indisponível. Uma alteração passageira foi feita colocando o alto falante da Selenium montado coaxialmente com um falante de agudos da Cibeal retirada de um antigo Super Auditoruim da Standard Electric. Que tinham um par de fantásticos falantes de graves Schaub-Lorenz  de 8 ½ polegadas. Todo este processo me conduziu para convencer-me do uso como gabinete apenas para graves. Partindo deste conceito básico vou demonstrar a construção que considerei aprovada para uso de graves.

O formato em seção pentagonal da caixa visa minimizar as reflexões internas minimizando também as estacionárias. Nada impede que v. a faça no formato retangular inserindo cunhas de Isopor em seu interior, com o qual v. além de obter os mesmos resultados, tornará sua construção bem mais simples.

 

 

Esquema com as modificações realizadas.

 

 

 

 

4

 

The RCA Duo cone LC1A speaker.

 

 

Seção do imã do alto falante.

 

Seção completa do alto falante.

Curvas de reposta alto falante e conexão entre bobinas.

 

 

Detalhamento do alto falante.

 

Vista da primeira série do alto falante LC-1

 

 

 

Vista da segunda série do alto falante LC-1

Mais imagens em:

http://homepage.mac.com/ikecarumba/PhotoAlbum21.html

 

Em pesquisa na indústria nacional encontramos como o mais próximo dos resultados do LC1, apesar de concepções bastante diferenciadas, para uso como caixa na concepção original o falante  Coaxial 15  da Keybass.

Curva de Resposta:

 

Ao utilizar a modificação com fechamento para duto ativo: Selenium SW3P

Curva de Resposta:

 

Algumas invenções de Harry Ferdinand Olson:

 

Caixa única para estereofonia:

 

 

 

Detalhe da formatação de cada irradiador sonoro lateral.

 

 

 

Construção do alto-falante de bobina dupla com crossover em 300 Hz.

 

 

 

 

Caixa de labirinto compacta.

 

 

 

 

Microfone a capacitor.

 

Circuito de alimentação de sinal e casamento de impedância.

Descrição do circuito:

O pré-amplificador utiliza uma válvula de baixo ruído tipo 1620 que é uma 6J7 selecionada. O resistor “R” é selecionado para uma tensão de placa de 225volts com alimentação de 315Volts. O pré-amplificador é na realidade um repetidor catódico que transforma em algo de possível manipulação a altíssima impedância do microfone a capacitor. Para a correto funcionamento do capacitor a polarização deste é dada pelo potencial eletrostático da grade de sinal sem resistor de polarização, uma vez que a passagem de elétrons do catodo à placa já carrega a grade de sinal na polarização adequada. Este circuito chama-se de grade flutuante, propicia uma impedância de entrada da ordem de 100.000 MegaOhms. O filamento da válvula é unido ao potencial da placa para evitarmos fuga capacitiva filamento catodo que é responsável pelo zumbido de fundo.

 

Microfone de fita ou de velocidade.

O microfone de fita ou de "velocidade"foi introduzido pela RCA em 1931 no modelo 44A. Este tornou-se o mais usado em gravações de voz. Utilizava uma pequena fia de 50 mm de comprimento por 2.4 mm de largura que se movia no interior de um campo magnético de acordo com a diferença da pressão sonora em cada lado da fita. A velocidade do movimento da fita era independente da freqüência sonora, o que produzia um sinal de alta impedância. Este microfone era bidirecional e o desenho referente à sua captação se assemelha a um 8 com os lóbulos à frente e atrás, eliminando os sons não desejados nas laterais. As propriedades de alta sensibilidade e direcionabilidade o tornaram ideal para os "crooners" como Bing Crosby. A desvantagem de seu grande tamanho e peso, próximo aos 4 quilos só permitiam instalações em lugares fixos tais como estúdios de gravação e palcos de teatros.

 

Microfone unidirecional.

 

O microfone do tipo "cardióide" RCA 77A era também um tipo de fita porém com captação apenas na parte frontal configurando uma figura de captação semelhante a um coração invertido em lugar do “8” do modelo 44. Por esta razão ficou conhecido como "cardióide". Este microfone tinha sua fita de velocidade presa em seu centro, com a metade superior funcionando como fita de pressão. O modelo RCA 77B foi introduzido em 1937 com u novo imã menor e mais poderoso o que aumentava a sua sensibilidade.

 

Microfone unidirecional aperfeiçoado.

 

O microfone do tipo "cardióide" RCA 77 Aperfeiçoado tinha o mesmo sistema básico, porém as duas fitas operavam em transformadores separados o que poderia ao engenheiro de som selecionar a faixa de freqüências desejada ou a ampla gama de resposta. Os modelos de microfones encontram-se descritos no segmento anterior.

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O Mini –Olsen

 

Vamos agora demonstrar um projeto que levei a serio na década de ’80 e resultou numa pequena maravilha. Qualquer um poderia dizer que estou exagerando nas qualidades do projeto, mas o fato é que temos aqui um single ended com apenas 4.5 watts de saída o que não é nada excepcional, tem dificuldades em responder freqüências abaixo dos 100 Hz  e também cima dos 8 kHz, mas o resultado surpreende justamente por causa disto. V. tem um som limpo, sem “hiss” ou “rumbles” ou “hum” de qualquer espécie. Portanto v. terá um som limpo, altamente inteligível e de grande clareza. Na faixa de resposta, tem alta resposta aos transientes e é o melhor amplificador para voz e canto que já ouvi.

Funciona maravilhosamente bem numa residência sem fazer barulho ou incomodar os vizinhos e a clareza da imagem do som permite ouvi-lo em qualquer cômodo da casa sem perda de freqüências e perda de intelegibilidade, tão comum nos amplificadores comerciais que andam por ai badalando um sucesso, a meu ver, bem duvidoso.   O custo do equipamento é relativamente baixo e especialmente baixo se levarmos em consideração o resultado obtido. Como adicional às suas qualidades posso garantir a enorme durabilidade e sua funcionabilidade como som ambiente.

A caixa acústica tem base no sistema modular da Isophon que é um fenômeno entre as caixas de pequeno porte, graças a tecnologia de experimentação levada a efeito pelos alemães. Evidentemente que estas funcionarão bem melhores se v. conseguir os falantes originais mas se v. não souber das coisas e usar um falante dos nacionais, que são bons, mas anos luz atrás dos falantes alemães e russos,  você também ficará surpreendido!

Vamos aqui detalhar as caixas em figuras, com as dimensões inclusas.

 

 

A caixa Isophon Corneta de Sistema Modular H510.

 

 

 

 

 

Curva de resposta da Corneta Isophon de Sistema Modular H510.

 

 

 

 

 

 

 

Bravox automotivos linha BLC 40

 

 

Bravox automotivos linha BLC 46

 

 

Alto falantes brasileiros sugeridos: Bravox automotivos linha BLC 40 ou BLC 46* ; Arlem Linha automotiva ART40 em suas diversas variações**.

* modelo em 4x6 polegadas. Abrir a furação adequadamente.

** Em versão coaxial, dispensa o tweeter piezo elétricos.

 

Arlem Linha automotiva ART40

Tweeters piezo elétricos recomendados: Leson TLC-1; Bomber BL2P

 

Tweeters piezo elétricos Leson TLC-1

Tweeters piezo elétricos Bomber BL2P

 

 

 

 

Características dos falantes Isophon BPSL 65.

 

P-247185

BPSL 65

65 mm Breitband, fs=150 Hz, Rdc=7,3 Ohm, Qts=0,95, Vas=0,4 l, SPL=86 dB

200-17k

nicht mehr lieferbar

1 HiFi-Lautsprecher

Hersteller / Modell: ISOPHON / BPSL 65E

System: Breitband
Impedanz: 4 Ohm /1000Hz
Leistung: 5/8 W (nur für Einbau im geschlossenenen Gehäuse)
Maße: (6,5x6,5)cm
Gewicht: 235g

 

 

 Isophon Corneta de Sistema Modular H510 dimensões.

 

 

 

Isophon Corneta de Sistema Modular H510 conexões.

 

Para todos os tweeters piezo elétricos,  C= 2uF; P=50 Ohms; R= 5 Ohms.

Ligação para 4 Ohms com cada AF=4 Ohms:

Ligação para 8 Ohms com cada AF=8 Ohms.

 

Alto-falantes usáveis nos sistemas apresentados:

 

 

 

O amplificador é um brinquedinho que parece o “Amplificador Escola” com o qual iniciávamos as aulas de eletrônica da antiga ESCOLA ELECTRA-A Marca das Três Válvulas! Do professo Isidro Cabrera, no final dos anos ’50. Este modelo foi inicialmente desenvolvido pelo professor Julio Rueda e publicado em seu Livro Circuitos de Áudio-Amplificación, no qual fiz algumas mudanças que o tornaram “Fera”. O sistema original foi desenvolvido para ser apenas toca discos utilizando uma excelente cápsula de cerâmica lançada nos anos 80 pela Telefunken e montada pela Le-son que produzia 1.2Volts de saída! Infelizmente não há sucedâneo no mercado e vamos ter que complicar o circuito passando para uma cápsula magnética e usando o famoso pré da GE a que fizemos alusão em vários capítulos desta nossa obra. Em função da qualidade de som partimos para as antigas válvulas metálicas que tem sua superioridade comprovada. Veja hoje o Quad 40 com as válvulas 12SH7 como excitadoras.

Em nosso circuito utilizamos as 6SK7 em função de seu corte remoto e menor possibilidade de distorção. Saída  com 6F6 e realimentação negativa interna. Single ended  utilizando dois transformadores em série de qualidade média o que garante menor saturação do núcleo, melhora na extensão de resposta de freqüências, melhor taxa de transferência de energia, dando um resultado bem próximo a um transformador de alta qualidade.

Retificação tradicional simples com 5Y3.

E V. pode ainda usar como som ambiente, a partir de MP3 ou sintonizador de FM e o que lhe vier a mente.

Vamos ao circuito:

 

 

O original que montamos já existe há 24 anos e continua funcionando com os mesmos componentes originais. Isto é durabilidade!

 

No anexo encontraremos dados sobre as 6F6 e suas sucedâneas>>>>>>>>>