Amplificador Nº91

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Reprodutor Altec A4

 

Marco Zero da ressurreição das válvulas em áudio  I

 

Vista da unidade amplificadora.

 

Apresentação

 

Após muitos anos de pesquisa no campo de áudio, descobriu-se que a música e a reprodução musicais têm seu lado atraente através da sua “audição pelo timbre”.    

 

Na “audição pelo timbre” o tom é subordinado ao timbre, desta forma a qualidade do tom musical  é determinada pela “presença” que vem a ser a relação existente entre a fundamental e a amplitude distribuída nos seus harmônicos.

Esta modalidade de audição é fortemente influenciada pela cultura musical de cada povo, desta forma os ocidentais focam na tonalidade e harmonia enquanto os orientais na textura e na coloração. A isto se chama “audição pelo timbre”. 

Existe uma outra modalidade chamada de “audição sônica” que foca na transparência, no desempenho, no espaço sonoro e na imagem do som, que não são elementos musicais.

Nenhuma das formas descrita é melhor ou  pior, nem correta ou incorreta mas apenas formas que induzem a preferência do ouvinte.

O conhecimento deste conceito, conduz ao projeto de um equipamento mais adequado para este ou aquele público usuário. 

 

Diagrama elétrico unidade 91-A (realimentação positiva em R17 e R29)

 

Válvulas utilizadas no modelo 91-A   (6D6 WE300B e WE274)

No modelo 91-B   a 6D6  é substituída pela  WE 310A  de características semelhantes.

 

A famosa válvula 300B, sucessora da 300 A de 1933, de aquecimento direto iniciou sua carreira em 1938 no não menos famoso amplificador 91-A da Western Electric foi comercialmente superada pelas KT66 da mesma época, mas mundialmente difundidas em 1947 pelos amplificadores Williamsom, que em push pull e com realimentação negativa apresentavam maior potência e menos distorção. Estes equipamentos WE estavam a beira do esquecimento e da extinção quando no final dos anos 70 ocorreu a ressurreição dos mesmos pelos audiófilos japoneses. A audição pelo timbre foi decisiva nesta ressurreição. Este amplificador apesar de sua impressionante qualidade auditiva proporciona 8% de THD e resposta de 40 a 12.000 Hz. Algo impensável em um amplificador de alta qualidade. Como um amplificador com estas características poderia ser mais agradável que um op amp com .001% de THD e ampla resposta espectral?

Em 1955 Norman Crowhurst especialista em áudio amplificação levantou a hipótese das distorções agradáveis e das desagradáveis com algo diretamente incomensurável em aparelhos então existentes. Em sua teoria, a relação proporcional de energia de cada um dos harmônicos em relação à fundamental formaria o timbre que nos daria uma coloração subjetivamente atraente ou não. Estes fatores estariam ligados à polarização das válvulas, casamento de impedâncias e carga acústica.

Afinal amplificadores SE reproduzem todos os harmônicos; restava domá-los. Os fatores descritos se encontravam em posição favorável. Provavelmente devido a cultura musical crítica dos japoneses quanto à “audição pelo timbre” a que estavam acostumados, os japoneses compraram o remanescente de amplificadores WE 91 abandonados em conjunto com os famosos reprodutores da Altec “Voice-of-the-Theatre” e válvulas de reposição, inclusive construindo novos protótipos experimentais. Inclusive conduzindo a remanufatura de novas válvulas 300-B para os novos amplificadores recém produzidos.

A revista francesa L’Audiophile através de seu correspondente Jean Hiraga publicou as experiências, e em 1986 em sua loja no centro de Paris realizou demonstrações com os novos amplificadores e reprodutores, replicas Onken, japonesas, dos antigos Altec, utilizando toca discos francês Platine Verdier.

Neste momento o vinil, o toca discos, o amplificador à válvula e os reprodutores em corneta de alta eficiência demonstravam sua superioridade acústica sobre os avançados equipamentos digitais e de estado sólido então em moda.  

 

 

Reprodutor Altec A4 “Voice of the Theatre” vistas frontal, traseira, prospecto e dimensões comparativas.

 

 

O conjunto Altec A4 é constituído por duas células centrais 210. Cada uma delas opera com dois falantes de 15 polegadas e é um misto de corneta frontal curta com meia carga traseira pois possui gabinate tipo infinito mas com ressonador tipo bass reflex. A montagem favorece a sensibilidade de sinais débeis, dão grande detalhamento na reprodução do som. Opera em conjunto com uma corneta multicelular de 10 unidades tendo como unidade excitadora um driver para as freqüência acima dos 500 Hz. Abaixo planos cobnstrutivos da unidade de graves (uma célula) e especificações técnicas.

 

 

Impedance

8ohm-16ohm

Play frequency band

20Hz - 16000Hz

Output sound pressure level

109dB/W/m

Maximum input level

60W

Crossover frequency

500Hz

 

Keith Aschenbrenner, fundador da Auditorium 23 declarou após ouvir o sistema L´Audiophile que o trabalho de Philippe, Jean, and Gerard eram importantíssimos e as demonstrações se tornavam a pedra fundamental quanto ao realismo musical em áudio. Keith concluiu que “É uma nova educação auditiva ouvir estes novos amplificadores SET 300B”.

 

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