O Timbreflex

 

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O Timbreflex anteriormente apresentado é um projeto destinado ao experimentador doméstico que deseje conhecer este interessante filão da curiosidade eletrônica. Lá pelos idos do final dos anos 70 início dos anos 80 montei o amplificador cujo circuito pode ser visto em: http://www.novacon.com.br/audiobhorn2b.htm. Este despretensioso e modesto aparelhinho foi inicialmente concebido para emprego de 6F6 cujos resultados muito me agradaram num equipamento Crosley de 1946, que utilizava quatro delas.   Na experiência que levei a efeito os resultados foram excepcionais para voz, mas deixavam a desejar para o jazz e musicas orquestrais. A simples substituição pelas 6L6, já nos trazia um baixo bem convincente para a baixa potência do equipamento.

Com base nesta experiência desenvolvemos o Timbreflex ora apresentado.

As idéias não diferem muito das de Eduardo de Lima aplicadas tanto no modelo 88 anteriormente citado como em seu novo “bebê” o Maggiore 100.

 

Nossa missão é analisar os  conceitos construtivos do citado aparelho que custa a bagatela de apenas 60.000 Euros! – ao par com um Mercedes de Luxo!

 

Abaixo algumas imagens deste interessante amplificador publicado em várias revistas especializadas.

 

http://www.6moons.com/audioreviews/audiopax7/7.jpg

 

Em uma de suas entrevistas Eduardo descreve as características de seu Maggiore 100:

-O módulo amplificador é composto por dois canais independentes geminados.

Cada canal possui três 12AT7  e três KT88 a fonte é de estado sólido e possui na versão de protótipo três transformadores independentes do tipo toroidal e no modelo comercial quatro unidades.

 

As 12AT7 amplificam cerca de 35 vezes com um ganho de 23 dB. A sensibilidade de entrada é da ordem de 1.5V com 100 K Ohms de impedância. A saída de cada uma das unidades de potência é de 2.5 Ohms.

Cada unidade de KT88 pode fornecer 15 Watts e até 17 Watt no pico usando 500 Volts na alimentação. O mesmo amplificador pode trabalhar com 550 Volts utilizando sem modificaçoes as novas KT120 fornecendo 19.5 Watts ou 21.5 Watts por unidade.

Ao trabalharem em conjunto, teremos aproximadamente 100 e 130 Watts para cada uma das versões. A resposta é de 15Hz a 80KHz dentro de 3 dB; e a relação sinal/ruído é melhor que 100 dB.  O amplificador possui um transformador de entrada balanceado destinado a casar qualquer tipo de fonte de sinal, inclusive pré-amplificadores do tipo dual-diferencial  à entrada to tipo SE.

 

O leitor imaginará de pronto que o Maggiore 100 terá melhores especificações que o Modelo 88 – Obviamente mais potência e mais possibilidades de controle- Este maior controle se deve a termos não apenas dois controles de “Timbrelock” mas seis! Além do mais foi adicionada uma nova dimensão através da operação de dois canais em fase invertida. Colocando operador diante de um universo de possibilidades de controle do timbre. Ninguém aplicou este tipo de circuito anteriormente. Torna-se um mistério e uma curiosidade, mas o operador poderá assim precisar a música reproduzida com todas as ênfases desejadas independentemente das ênfases pressupostamente gravadas.

A utilização de seis unidades de saída similares, tem por fim emular uma orquestra com seus vários componentes. Esta característica não pode ser reproduzida por nenhum amplificador de apenas uma única unidade de saída. A proposta foi muito bem demonstrada na exibição de Tanglewood em 1947 quando vários amplificadores separados reproduziam os diversos instrumentos da orquestra e se tornava impossível distinguir o real do reproduzido. Veja http://www.novacon.com.br/audiobhorn2.htm .

O grande desafio é tornar todo este sistema compatível com o ambiente doméstico.

 

Vistas do protótipo do Maggiore 100 com três transformadores de força toroidais e seis transformadores de saída convencionais... e bastante espaço para ventilação.